quinta-feira, 29 de julho de 2010

amora gorda de puro caldo que te inunda de doçura

Podemos contar nos dedos, os verdadeiros amigos de uma vida.
Eu talvez possa contar nos de uma só mão.

Eu sou muito espalhada, e sou intocada. Sou solta e presa à minha liberdade.
No espaço da amizade, eu transito de maneira relaxada, às vezes até demais.
De ficar meses sem ver um amigo ou amiga muito querida. Mesmo ela morando há alguns poucos kilometros de mim.
Eu sou assim, assim q me relaciono. Fico muito na minha, imersa nos meu próprios devaneios, na correnteza do meu viver. Mas estou sempre de olho na margem que abriga o coração, aceno aos meus amores constantemente.
No fundo, há certas pessoas, das quais tenho certeza que estão lá "prasempre". E pra sempre juntas seremos as mesmas pessoas.
E assim é com meu verdadeiros amigos. Os poucos, os raros, os rarefeitos. Se dissipam, mas nunca somem.

Hoje estive pela segunda vez com a Débora, desde que ela voltou.
Fui à sua casa no início da tarde e passei o dia lá: conversamos, conzinhamos ouvindo música, almoçamos, conversamos no silêncio da tarde, passamos um café que perfumou toda cozinha e parte da sala, e seguimos conversando, mostrando músicas, vídeos, sentimentos, situações...Passando à limpo e resumidamente, tudo que aconteceu no hiato que nos manteve distantes.
A distância pra mim não é um conceito simples. E não se limita a estar presente fisicamente ou não. Vai muito mais além. Portanto, depois do dia de hoje, posso dizer que na verdade, nunca estivemos distantes uma da outra.
E isso me alivia.
O amor de certas pessoas, como o amor da Débora, me alivia. Me redime. E por fim, me liberta.

Ao fim de um dia como hoje repito: a vida às vezes parece irretocável.

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