quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Eu sou uma pessoa dura.
Sou exigente, crítica, e por vezes inflexível. Eu sou aquariana e nunca entendi de onde vem essa dureza.
Poderia listar inúmeras possibilidades: perda de pai quando muito jovem; uma mãe igualmente exigente atuando como pai e mãe; o desejo que sempre flui de mim de conhecer o mundo sozinha, do meu jeito, o jeito duro...Mas não sei.
A vida vem me endurecendo mais...E eu lutando contra isso.
Mas quando vejo, já foi. Já me alterei, já cuspi as palavras como um atirador de facas com ódio de sua assistente, porque ela o traiu com o domador.
Meu domador é meu amor...Logo ele. Um misto de carneiro arredio e leão feroz; que por ser muito mais forte do que eu me situa em certos momentos.
Mas ele pena...ele sempre penou desde de o início.

Quando ele se vai, meu coração vai com ele...e só me resta um vazio no peito e uma mente cheia, confusa e racional demais.

Eu não amo a racionalidade...simplesmente a pratico. Mas nem sempre gosto...Não, não tenho gostado.
Tento com afinco praticar mais a compaixão, a emoção, o choro, o riso frouxo...o ridículo.
Preciso parar de me preocupar demais com essa ilusão chamada imagem.
Principalmente a minha. Quanto tempo acabo desperdiçando...quantas oportunidades.
Sou torta e preciso aceitar.

Torta e dura. Entortei de um jeito que parece não voltar mais.
Quero ser mole...quero ser nada, uma coisa q se encaixa...onde der, e no que vier.

E eu sinto que só alcançarei isso, quando eu me deixar ser...artista.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Rio Vertigem
Vago perdida em busca de algo importante que não sei do que se trata.
Uma tarefa aqui, uma distração acolá.
Gasto as fichas do tempo...E ele me arranca, cruelmente, cada segundo desperdiçado.
"Tempo, se vc tem que me comer, que seja com meu consentimento.
E me olhando nos olhos."
Cretino.
Há 3 semanas eu penso nela.
Quase diariamente. Penso em ligar, porque a saudade tanto é grave quanto aguda.
Nunca ligo. Minto.
Liguei 3 vezes. Em nenhuma delas ouvi sua voz.
Ela nunca deixou Paris.
.
Admiro.
Queria eu.
Ai quem me dera.
Se eu pudesse...
.
Uma vida que nunca foi.
Acorrentada a um futuro virtual, do qual ela nunca se desconecta.
Off-line é uma dor discreta q carrega.
A dor da morte desejada e negada a mesmo tempo.
Tudo que ela quer é ser assassinada...e renascer.

terça-feira, 10 de maio de 2011

rainy dawn

Night was quiet
I ran to your words, to your imagetic world
There she is, lying in bed
Legs out, widen...She's trying to reach the moment.
O instante. Nosso encontro.
A perfect rainy dawn
And it felt I was in your warmth
Listening gymnopédie
That has the same sweetness of your eyes
Came the time to not say goodbye
I woke
.
I kept to you in my dreams but it only seems to fleed the flame

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

03:25

Eu tenho esse jeito estranho.
Um jeito que me desajeita mais do que já sou.
Me trava tanto para as coisas boas e me liberto pras ruins.
Porque, por exemplo, não assumir que meu sonho é fazer arte? E fazer enfim essa arte. Qualquer arte. Qualquer coisa. FAZER.

Mas não é sobre isso que preciso "falar".
É sobre meu medo de amar de novo, como já amei.
Se por um lado, eu deixei as coisas rolarem, permiti à ele que fizesse uma tentativa; por outro lado quando percebi a eficácia dela, aprsessei-me em estragar tudo.
E pra estragar, tudo parece ajudar.

Então estou aqui...Amando.
Como lutei tanto pra que isso não acontecesse.
Agora convivo diariamente com esse sentimento escroto de angústia.
Porque?
Porque tenho medo de te perder.
Sim eu sei...Não existe isso de perder, pois ninguém pode pertencer ao outro e etc e tal.
Em teoria eu concordo com tudo isso. Mas a vida me ensinou que não acontece assim.

E porque eu tenho medo de te perder, e tenho medo desse amor que me invade...Eu me apresso em arranjar um motivo pra tudo isso.
Que estúpida.
É como tentar se matar, já q um dia vamos morrer de qualquer jeito.
Eu só sei lidar com começo e fim.
Essa minha maldita mania de querer controlar tudo.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Eu vivi isso

Relembrando:
era noite de lua cheia, brisa quente, maré baixa...escuto o canto das águas, olhando os desenhos no céu, formado por estrelas cadentes.
Ouço distante alguém falar sobre um eclipse. Levanto e caminho nas águas rasas. Uma força desconhecida me guia rumo a barreira de corais. A poucos metros dela, vejo a imagem mais linda. É uma fotografia afetiva. As ondas batem com poder gentil sobre os corais. Eles me protegem. Mas eu quero ir além.
Pergunto a ele: "O que tem depois da barreira de corais?".
Ele responde, com aquela fala simples que é só dele: "oceano profundo".

Eu pinto um abismo azul.
Nesse momento, minha alma se desprende e corre rumo à ele...Oceano profundo.
Meu corpo se agacha, enrolo meus dedos em algas...Não, as algas envolvem minha mão.

Deixo-as me levarem no seu balanço. Sou outro algo.
Tudo que é pequeno brilha intensamente, refletem luz aos meus olhos. No mar...No céu.
Existe algo de mim que jamais voltou desse mergulho. Jamais voltou desse mar, desse céu, dessas pedras.
Eu carrego no peito desde então, um som. O silêncio azul daquela noite.